sábado, 25 de abril de 2009

Duas faces de uma mesma vontade

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Ouvindo uma música de Paula Toller hoje "A noite sonhei contigo." e observando uma única parte da música - Quem dera me livrar pra sempre de mim mesmo, me vi em uma viagem total, na música a cantora levava essa parte pra um lado romantizado da coisa, mas em minha reflexão, ou viagem, sei lá, pensei algo diferente, na humanidade e de como as coisas andam nesse momento, entrei em um desespero muito estranho, vendo que sou tão impotente diante do mundo, sem saber o que fazer para mudar, ajudar a quem? como fazer isso? talvez eu tenha as respostas mas como colocar isso em prática? e será que adiantaria em alguma coisa? essa impotência de que falo, vejo todos os dias, ao não conseguir fazer com que um ser-humano racional que é, ou dizem ser, deixe de usar dez copos descartáveis para usar uma caneca que pode ser utilizada várias vezes, a minha impotência é tamanha que se não consigo mudar o pensamento de um, como poderei mudar o pensamento de uma sociedade, mea culpa, mea culpa, poderia ser mais persuasivo, mas a cada dia meus argumentos se desfalecem diante a ignorancia e os risos que recebo quando falo de meio ambiente, de animais ou de qualquer outra coisa, as vezes penso que assim como Zaratustra, gostaria de subir a montanha já cá com meus dezoito anos, e ficar lá, longe dessa humanidade.
Pensando sozinho e vendo alguém chegando perto de mim pra falar qualquer coisa, já não tenho um sentimento muito bom, me pego sofrendo com meus próprios pensamentos, os quais não consigo evitar, pensamentos sobre a humanidade, o tempo, a vida... Hoje já não sei mais se acredito na mudança dessa humanidade, ela cada vez mais me decepciona, com suas frases, seus pensamentos, ou o seus não pensamentos,

quem dera me livrar pra sempre de mim mesmo,

quem dera não viver aqui pra ver tudo,

e pensar sempre em tudo,

e não conseguir parar de pensar em tudo,

as vezes acho que não mereço estar aqui, não faço nada por ninguém, estou já na minha completamente egoísta mudança, de atitudes ou pensamentos, tentando ser ecologicamente correto [sem nem saber como fazê-lo], tentando alcançar algo que não sei o que é ou onde irá me levar e nisso esqueço de influenciar os meus alheios, esqueço que eles estão aqui do meu lado, me pego conversando sozinho, não por falta de alguém pra conversar, mas por que eu mesmo tenho muito assunto pra conversar comigo mesmo e discutir isso tudo aqui, com os meus botões. Louco? Não sei se defino isso como loucura, esse meu desapego da humanidade, e esse não acreditar mais, já está me fazendo um misantropo, e cada dia mais estou subindo essa montanha para longe, para o lugar onde fico comigo mesmo, travando guerras entre emoção e razão...

quem dera me livra pra sempre de mim mesmo

e querer acreditar nessa humanidade

e querer ficar por aqui, comemorando tudo junto,

e falando muito, com muitas pessoas.






Maycon Dantas

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