Vinha caminhando pelo centro da cidade
acompanhado apenas pelos marginais
adormecidos
e o gélido vento noturno
estava já um pouco bêbado
mas ainda carregava uma garrafa
de uma long-neck que achara sobre o balcão
fumava também um cigarro
ganhado de algum senhor que o cantara
naquele que alguns chamavam de antro
para ele, mais uma casa noturna
cheia de gente a delirar em drogas e música sintética
depois de se envolver no meio dessa multidão
e do alto som da música
gostava de sentir o "silêncio ensurdecedor" das ruas
e aquele zumbido em seu ouvido
achava que esse era o melhor da festa
após todo aquele alvoroço de pessoas
a dançar suas vidas na pista engarrafada e enfumaçada
melhor era se sentir sozinho
sua vontade era tirar toda a roupa
e sentir aquele vento atravessando sua pela como agulhas
sentir uma liberdade
que duraria do momento em que saia do dito antro até a sua casa
vãs pensamentos
de alguém bêbado e alcoolizado
mentiras que rasgam
Há 6 anos
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