sexta-feira, 17 de julho de 2009

Na rua

Vinha caminhando pelo centro da cidade

acompanhado apenas pelos marginais

adormecidos

e o gélido vento noturno



estava já um pouco bêbado

mas ainda carregava uma garrafa

de uma long-neck que achara sobre o balcão

fumava também um cigarro

ganhado de algum senhor que o cantara

naquele que alguns chamavam de antro

para ele, mais uma casa noturna

cheia de gente a delirar em drogas e música sintética



depois de se envolver no meio dessa multidão

e do alto som da música

gostava de sentir o "silêncio ensurdecedor" das ruas

e aquele zumbido em seu ouvido

achava que esse era o melhor da festa

após todo aquele alvoroço de pessoas

a dançar suas vidas na pista engarrafada e enfumaçada

melhor era se sentir sozinho

sua vontade era tirar toda a roupa

e sentir aquele vento atravessando sua pela como agulhas

sentir uma liberdade

que duraria do momento em que saia do dito antro até a sua casa

vãs pensamentos

de alguém bêbado e alcoolizado

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